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A carta
Ah! Que vontade de receber uma carta,
aquela velha carta escrita a mão, entregue pelos carteiros. Não importa o que viesse nela escrito, o importante é que fosse uma carta, escrita naquele papel de carta, vendido nas livrarias, fino, quase transparente de uma cor sem igual. O som que esse papel fazia ao ser aberto é indescritível e emocionante. Sentir novamente a emoção de ouvir o som da voz do carteiro a gritar "317, correios, 317” melodia para meus ouvidos, 317 era o número da minha casa. Conferir o destinatário, e virando a carta, ver quem era o remetente. Se fosse da amada saudosa, ou de alguém cuja saudade já me maltratava, era pura alegria! Sentir em cada linha escrita, a energia do punho que lhe escreveu, o papel trazia o seu perfume, o perfume de meu amor, o olor da saudade. Em uma carta, escrita a mão, enviada para alguém, por mais que não seja essa a intenção, não irá apenas umas linhas com palavras e tintas, irá toda uma energia, todo nosso sentimento, que ficará se for o caso, guardada por toda uma vida. Ah! Que vontade de receber uma carta.
Boabaid
Enviado por Boabaid em 14/05/2020
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